terça-feira, 5 de julho de 2011

Bolsa de valores para o segundo semestre

Corretora que mais acertou no primeiro semestre diz onde investir em 2011

Carteira recomendada pelo BB Investimentos subiu 4,9% no semestre em que o Ibovespa caiu 10%; confira os acertos e previsões da corretora para o segundo semestre

 
Pedro Zambarda/EXAME.com
Banco do Brasil na Universidade de São Paulo
BB Investimentos: corretora do Banco do Brasil viu sua carteira recomendada subir 4,9% no semestre em que o Ibovespa tombou 9,96%

São Paulo – Lenta recuperação da economia norte-americana, aperto monetário na China e imbróglio fiscal na Zona do Euro. Aos eventos que derrubaram o humor do mercado nos primeiros seis meses do ano, se somaram catástrofes naturais e conflitos políticos pelo mundo. No Brasil, o resultado foi um desempenho desolador do Ibovespa. Influenciado também pela persistente inflação, o principal índice da Bolsa caiu 9,96%. Ainda assim, a equipe do BB Investimentos tem o que comemorar. Com valorização de 4,9% até agora, a carteira recomendada pela divisão de investimentos do Banco do Brasil mostrou-se a escolha mais rentável dentre os portfólios analisados por EXAME.com que marcaram presença em todos os meses do ano.

Para Hamilton Moreira, analista de mercados e macroeconomia da instituição, os próximos meses podem trazer resultados ainda mais positivos. Veja, a seguir, os principais pontos que explicam o porquê.

Escolhas que deram certo
Nossa carteira é de 30 dias, não sofre mudanças nesse meio tempo e tem como principal meta superar o Ibovespa. O lado fundamentalista prevalece - só colocamos papéis de setores que cobrimos. Mas também tentamos nos focar no momento do mercado. A Vale está entre as ações que mais entraram até agora.
Também pegamos uma boa alta da Brasil Foods, inclusive retiramos o papel nesse mês. Apostamos em papéis de consumo, como Drogasil, Droga Raia e Natura, que compôs várias vezes a carteira. E ganhamos com a Vivo, com a história da fusão com a Telesp.

Timing para mudar
Começamos muito otimistas no ano, mas com o passar do tempo vimos problemas. Tínhamos a China aumentando o compulsório lentamente, mostrando que ia crescer menos. A partir daí estudamos o que poderia acontecer. Como isso afetaria o preço das commodities, a Bolsa também seria afetada e o setor de siderurgia sofreria mais. Por isso incluímos só mineração no portfólio.

Essa é a ideia da carteira: os Estados Unidos estão com desemprego em alta? Isso mexerá com quem? Até agora não havíamos colocado nenhuma ação do setor elétrico, que foi um setor que performou bem, pois estávamos sem analista. Mas com essa estratégia conseguimos bater o Ibovespa mesmo assim.

Perspectivas para o restante do ano
A Bolsa que estamos vendo hoje já precificou os próximos seis meses. A China realmente vai crescer menos e não há projeção de consumo mais forte nos EUA. Esperamos que o crescimento do PIB chinês fique mais perto de 9% e em torno de 2,5% nos EUA. Com qualquer coisa melhor que isso, a tendência é que a Bolsa suba mais um pouco. Com uma visão conservadora, esperamos um final do ano com 70.000 pontos, o que dá cerca de 10% de ganho em seis meses. Nesse caso, a Bolsa terminaria o ano um pouco em alta, preparando o terreno para 2012.

No último trimestre deste ano, o mercado já volta os olhos para as perspectivas para o ano que vem, com um crescimento do PIB de no mínimo 3% nos EUA e 10% na China. A siderurgia, que tem muito peso na Bolsa, passará a ser favorável nesse momento mais otimista, assim como a Petrobras.

Essas ações que não nadaram agora, podem ficar positivas lá na frente. Se o cenário se reverter, são elas que vão puxar o Ibovespa até o final do ano. Você tem uma questão de aumento de liquidez no mundo que pode jogar a Bolsa para o alto, com o retorno do dinheiro para a renda variável.

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