Pastor é mesmo escolhido para presidir Direitos Humanos
Deputado Marco Feliciano foi escolhido pelo PSC para ser novo presidente da CDHM da Câmara. Nome pode ser barrado por membros da própria comissão, mas hipótese é remota
Deputado e pastor Marco Feliciano: ele será mesmo o novo presidente da comissão que lida com os direitos das minoriasóxima
São Paulo – O pastor e deputado do PSC Marco Feliciano foi escolhido oficialmente como o candidato do partido para o cargo de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM). Amanhã seu nome será votado pelos membros da comissão, mas a hipótese de sua candidatura ser rejeitada é considerada remota.
Consolida-se, assim, o cenário temido por associações defensoras dos direitos gays desde que o nome dele foi dado como favorito, na quinta-feira passada.
Em 2011, o pastor foi acusado de racismo e homofobia por entidades ao escrever que os “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé” e que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime” (veja reprodução dos tuítes acima).
Marco Feliciano comemorou a indicação pelo microblog. E prometeu hoje "abrir o diálogo sobre todos os assuntos de interesse da sociedade". Ele nega veementemente as acusações de que seja homofóbico ou racista.
“O PSC, sob deliberação de toda a bancada, na certeza de que a comissão estará muito bem entregue, decidiu pelo nome do pastor Marco Feliciano”, anunciou no fim da tarde de hoje o líder do partido na Câmara, André Moura.
Lembrado do movimento de oposição ao deputado - um abaixo assinado contra Marco Feliciano na plataforma Avaaz chegou a quase 50 mil votos -, o líder do PSC ressaltou que há também "movimentação extremamente favorável ao pastor".
Feliciano criou uma petição em seu próprio site que chegou a 95 mil assinaturas hoje, segundo a página.
Embora seu nome ainda tenha que passar pelos 18 membros da comissão - o que deve ocorrer amanhã - é improvável que seja rejeitado ou enfrente uma candidatura avulsa. Isso porque o comando das comissões é dividido previamente entre os partidos por acordo do colégio de líderes. Um distúrbio na CDHM poderia atrapalhar a divisão anteriormente acertada.
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