quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Para que serve um CRA?

Para que serve um CRA?

Para esclarecer essa dúvida que ronda muitos administradores, entrevistamos o presidente do Conselho Regional de Administração de Santa Catarina

 
Divulgação
Presidente do CRA/SC fala sobre a função dos conselhos
Os profissionais de Administração integram uma das poucas categorias que contam com conselhos representativos no Brasil. O modelo, que é replicado em praticamente todos os segmentos que contam com esse tipo de representação, é composto por um conselho federal e conselhos regionais nos estados, sendo possível esses últimos terem representações em diferentes cidades. Para muitos administradores, entretanto, principalmente os que acabaram de ingressar na profissão, a função dos conselhos não é muito clara: O que fazem? Para que servem? Por que existem?
Para esclarecer essas e outras dúvidas, o Administradores.com entrevistou o presidente do Conselho Regional de Administração de Santa Catarina (CRA-SC), Antônio Carlos de Souza, que fala sobre o papel da entidade, quais são suas principais frentes de atuação, como se relacionam com as instituições de ensino, entre outras coisas. Confira abaixo:

Administradores.com - Qual é o papel da entidade na sociedade atualmente? De que maneira contribui?

Antônio Carlos de Souza - Somos um órgão consultivo, orientador, disciplinador e fiscalizador do exercício da profissão do administrador, uma autarquia dotada de personalidade jurídica de direito público, com autonomia técnica, administrativa e financeira, que apoia, auxilia e defende os direitos dos administradores. Contribuímos garantindo o cumprimento da legislação da profissão do Administrador (Lei 4769/65 e Decreto 61.934/67).

Quais são as principais frentes de atuação de um CRA? A quem interessa a atuação do conselho?

A toda a comunidade, pois uma administração qualificada nas empresas garante ganhos econômicos e sociais e é um diferencial na gestão dos negócios. São obrigatoriamente registrados nos CRAs as empresas, entidades e escritórios técnicos que explorem, sob qualquer forma, atividades de administrador, que são definidas por lei, entre elas: empresas de consultoria (na área da Administração), empresas de locação de mão-de-obra; agências de empregos, administradoras de condomínios, administradoras de consórcios, cooperativas de trabalho, empresas de elaboração e aplicação de concursos públicos, empresas de pesquisas de mercado, factoring, holding, empresas que desenvolvem softwares em áreas privativas do administrador, administração de bens e valores, atividades de perícias técnicas administrativas e pareceres de viabilidade financeira e concessão de crédito.

Quanto às principais ações, temos a fiscalização, que atua preventivamente, orientando profissionais e empresas irregulares, e posteriormente autuando no caso de descumprimento da legislação vigente. E a informação, que é a melhor forma de prevenção. O CRA-SC também oferece benefícios, como aposentadoria, plano de saúde, descontos e convênios. Uma das nossas preocupações é encaminhar propostas para a melhoria das condições do exercício da profissão e fiscalizar a publicação de editais de empresas ou órgãos públicos que apresentem vagas com funções inerentes aos administradores.

No caso do CRA-SC, como vocês se relacionam com as instituições de ensino?

Buscamos estabelecer e manter uma relação com as IES para servir de apoio, principalmente, na hora de determinarem a matriz curricular dos cursos de Administração. Uma pesquisa recente realizada pelo CRA-SC revelou discrepâncias na formação dos administradores catarinenses. O conselho tem um representante em cada uma destas instituições de ensino para manter uma política de proximidade e mantém contato com os coordenadores do curso de Administração destas instituições. Nossa principal solicitação às IES é que o coordenador do curso seja bacharel em Administração e também esteja registrado no CRA-SC.

Você defende que devemos batalhar pela profissionalização da administração nas mais variadas esferas. Por quê?

Porque é o diferencial de competitividade na gestão empresarial, porque quando uma empresa é bem organizada administrativamente, por meio de bons gestores, garante a sua sobrevivência, promove o desenvolvimento econômico e social do seu município, da sua região, reduzindo as diferenças sociais, promovendo a inclusão social, a qualidade de vida e a preservação dos recursos naturais, pois temos um compromisso ético perante a sociedade. Defendemos a profissão para que os administradores tenham a garantia de que estarão atuando nas áreas para as quais tiveram formação adequada, e para que nenhum outro profissional possa, de forma irregular, exercer esse direito que é do administrador.

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