“Sem empresariado, não há dinheiro para infraestrutura”
Para Jorge Gerdau, governo é incapaz, financeira e gerencialmente, para melhorar condições de logística
R$ 300 bilhões. Este é o atraso em investimentos em infraestrutura calculado pelo empresário Jorge Gerdau Johannpeter. Segundo ele, que é o atual coordenador da Câmara de Políticas de Gestão do Governo Federal, a presidente Dilma Rousseff cunha uma estratégia para que esta cifra seja empenhada nos próximos oito anos.
Escaldada pela ineficiência do governo federal em investir no setor, Dilma pretende repassar quase que integralmente a conta para a iniciativa privada. Seja por meio de concessões ou de financiamentos no mercado de capitais. A motivação nasce na baixa execução do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que após seis anos ainda não está no ritmo desejado.
“Para dar um salto no nível de poupança interna existe dinheiro na iniciativa privada, mas não no governo. Nunca reduziríamos esse déficit de R$ 300 bilhões em infraestrutura sem o empresário nacional”, diz Gerdau.
Segundo sua estimativa, o nível de investimentos no Brasil gira em torno de 18% do Produto Interno Bruto. A estratégia pretende alavancar este número para além de 25% do PIB. “Para isso, o governo federal quer atrair o capital de risco”, comenta. “A primeira tentativa foram as debêntures de infraestrutura, mas elas precisam ser melhor trabalhadas”, completa.
O empresário também lembra que o país perde R$ 80 bilhões por ano com a falta de estrutura logística, cifra que está sendo “combatida” pelo governo federal. “O governo é incapaz de reduzir sozinho este déficit em infraestrutura. Por isso, precisa do poder financeiro do empresariado”, conclui Jorge Gerdau, que esteve presente em um seminário de educação promovido pela Fundação Nacional da Qualidade.
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