O dilema do Google entre o excesso de poder e a síndrome dos dependentes
A frase "busca no Google" é recorrente entre os usuários,
maravilhados com o site e suas ferramentas que possibilitam organizar uma vida.
Apesar disso, especialistas alertam que essa centralização pode ser perigosa
Nilson Mariano
nilson.mariano@zerohora.com.br
O Google nasceu sob a promessa "Don't be evil" - "Não seja malvado" - para anunciar como agiria na missão de armazenar, organizar e disponibilizar informações na rede, de forma universal, acessível e útil às pessoas. Passados 14 anos da fundação da empresa, será que o slogan criado pelo engenheiro Paul Buchheit continua intacto? Entre as nuvens virtuais da internet, paira a dúvida: será que manteve o rumo?
Líder mundial entre os sites de busca (66,9% do mercado em outubro, segundo a comScore qSearch), Google converteu-se numa espécie de oráculo da atual geração. Coleciona milhões de fãs, maravilhados com suas ferramentas de pesquisar, organizar documentos e imagens, comunicar-se via e-mail, assistir a vídeos, guiar-se por mapas digitais. São os que repetem, diante de qualquer imprevisto, uma frase recorrente: "Procura no Google".
O cineasta João Gabriel de Queiroz, 21 anos, é um dos que conjuga o novo verbo: googlear. Utiliza os suportes do Google nos trabalhos da produtora Avante Filmes, de Porto Alegre. Para facilitar a troca de ideias sobre roteiros com os colegas, emprega o Google Docs, que funciona como uma pasta virtual compartilhável em qualquer situação.
- Também usamos o Docs para guardar orçamentos, contas a pagar, documentos, textos conjuntos - enumera o cineasta.
A google dependência se evidenciou no dia 26, quando o site ficou fora do ar por cerca de uma hora no Brasil. Quem tinha documentos e imagens em arquivos virtuais se exasperou. Serviço normalizado, voltou a calmaria.
Depois de pesquisar a trajetória dos buscadores, desde o pioneiro Archie, a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Suely Fragoso, confirma que o Google suplantou os antecessores. Especializada pela universidade britânica Leeds, Suely elogia a eficiência e o "bom-mocismo" do Google. Mas alerta sobre os males do monopólio:
- Essa centralização de informação é necessariamente perigosa. Já não interessa nas mãos de quem está o poder, é muito poder em poucas mãos.
nilson.mariano@zerohora.com.br
O Google nasceu sob a promessa "Don't be evil" - "Não seja malvado" - para anunciar como agiria na missão de armazenar, organizar e disponibilizar informações na rede, de forma universal, acessível e útil às pessoas. Passados 14 anos da fundação da empresa, será que o slogan criado pelo engenheiro Paul Buchheit continua intacto? Entre as nuvens virtuais da internet, paira a dúvida: será que manteve o rumo?
Líder mundial entre os sites de busca (66,9% do mercado em outubro, segundo a comScore qSearch), Google converteu-se numa espécie de oráculo da atual geração. Coleciona milhões de fãs, maravilhados com suas ferramentas de pesquisar, organizar documentos e imagens, comunicar-se via e-mail, assistir a vídeos, guiar-se por mapas digitais. São os que repetem, diante de qualquer imprevisto, uma frase recorrente: "Procura no Google".
O cineasta João Gabriel de Queiroz, 21 anos, é um dos que conjuga o novo verbo: googlear. Utiliza os suportes do Google nos trabalhos da produtora Avante Filmes, de Porto Alegre. Para facilitar a troca de ideias sobre roteiros com os colegas, emprega o Google Docs, que funciona como uma pasta virtual compartilhável em qualquer situação.
- Também usamos o Docs para guardar orçamentos, contas a pagar, documentos, textos conjuntos - enumera o cineasta.
A google dependência se evidenciou no dia 26, quando o site ficou fora do ar por cerca de uma hora no Brasil. Quem tinha documentos e imagens em arquivos virtuais se exasperou. Serviço normalizado, voltou a calmaria.
Depois de pesquisar a trajetória dos buscadores, desde o pioneiro Archie, a professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Suely Fragoso, confirma que o Google suplantou os antecessores. Especializada pela universidade britânica Leeds, Suely elogia a eficiência e o "bom-mocismo" do Google. Mas alerta sobre os males do monopólio:
- Essa centralização de informação é necessariamente perigosa. Já não interessa nas mãos de quem está o poder, é muito poder em poucas mãos.
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