União Europeia ganha o Prêmio Nobel da Paz 2012
Instituição recebeu honraria pelo esforço de mais seis décadas em promover paz, conciliação, democracia e direitos humanos
O presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland,
anunciou a distinção em Oslo Foto: HEIKO JUNGE /
SCANPIX NORWAY / AFP
O Prêmio Nobel da Paz de 2012 foi
atribuído nesta sexta-feira à União Europeia (UE), uma instituição atualmente
abalada pela crise econômica, mas com a credencial de ter pacificado um
continente destruído pela Segunda Guerra Mundial, anunciou o Comitê Nobel
norueguês. A distinção consiste em uma medalha, um diploma e um cheque de US$
1,2 milhão.
A UE (atualmente com 27 membros) e as instituições que a precederam em sua formação "contribuíram durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, em Oslo.
— Durante um período de 70 anos, Alemanha e França se enfrentaram em três guerras (1870, 1914-18 e 1939-45). Hoje em dia, uma guerra entre Alemanha e França é impensável — destacou Jagland.
O presidente do comitê completou:
— Isto demonstra como, através de um esforço bem encaminhado e da construção da confiança mútua, inimigos históricos podem virar sócios próximos.
O prêmio foi uma surpresa em um momento no qual a solidariedade europeia enfrenta o maior desafio em décadas ante as profundas divisões dentro do bloco, onde os países do norte, ricos e liderados pela Alemanha, demonstram resistência a ajudar os países do sul, com graves problemas financeiros provocados pela dívida excessiva e submetidos a políticas de austeridade.
Um teste de solidariedade, cujos resultados ainda não são conhecidos, que já revelou profundas divergências no projeto europeu, que não goza de grande prestígio entre a opinião pública, que considera Bruxelas (capital da UE) como um mundo distante e burocrático.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, considera que o prêmio constitui "um grande estímulo para o projeto pacificador que a União Europeia representa no continente".
— O Nobel da Paz é uma grande honra para toda a UE para seus 500 milhões de cidadãos — afirmou o presidente Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso.
Presidente do Parlamento Europeu, o deputado social-democrata alemão Martin Schulz acrescentou:
— Estou profundamente emocionado e honrado de que a UE tenha vencido o prêmio da paz.
Histórico
Nascida das ruínas da Segunda Guerra Mundial e sob o estímulo dos seis países signatários do Tratado de Roma em 1957, a UE, então batizada de Comunidade Europeia, ajudou a estabilizar um continente acostumado aos conflitos.
Apesar das crises registradas durante seu crescimento, o bloco uniu os destinos de antigos inimigos. Virou o maior mercado comum e uma grande potência econômica mundial, onde a livre circulação de bens, pessoas, serviços e capitais está garantida.
Ao longo dos anos, o projeto se expandiu até englobar 27 Estados situados dos dois lados da antiga cortina de ferro, que separava os países ocidentais das nações do bloco comunista. O espaço tem grandes divergências econômicas, sociais e culturais. Dos 27 países da UE, 17 estabeleceram uma união monetária, a Eurozona.
A UE (atualmente com 27 membros) e as instituições que a precederam em sua formação "contribuíram durante mais de seis décadas para a paz e a reconciliação, a democracia e os direitos humanos", disse o presidente do Comitê Nobel, Thorbjoern Jagland, em Oslo.
— Durante um período de 70 anos, Alemanha e França se enfrentaram em três guerras (1870, 1914-18 e 1939-45). Hoje em dia, uma guerra entre Alemanha e França é impensável — destacou Jagland.
O presidente do comitê completou:
— Isto demonstra como, através de um esforço bem encaminhado e da construção da confiança mútua, inimigos históricos podem virar sócios próximos.
O prêmio foi uma surpresa em um momento no qual a solidariedade europeia enfrenta o maior desafio em décadas ante as profundas divisões dentro do bloco, onde os países do norte, ricos e liderados pela Alemanha, demonstram resistência a ajudar os países do sul, com graves problemas financeiros provocados pela dívida excessiva e submetidos a políticas de austeridade.
Um teste de solidariedade, cujos resultados ainda não são conhecidos, que já revelou profundas divergências no projeto europeu, que não goza de grande prestígio entre a opinião pública, que considera Bruxelas (capital da UE) como um mundo distante e burocrático.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, considera que o prêmio constitui "um grande estímulo para o projeto pacificador que a União Europeia representa no continente".
— O Nobel da Paz é uma grande honra para toda a UE para seus 500 milhões de cidadãos — afirmou o presidente Comissão Europeia, o português José Manuel Barroso.
Presidente do Parlamento Europeu, o deputado social-democrata alemão Martin Schulz acrescentou:
— Estou profundamente emocionado e honrado de que a UE tenha vencido o prêmio da paz.
Histórico
Nascida das ruínas da Segunda Guerra Mundial e sob o estímulo dos seis países signatários do Tratado de Roma em 1957, a UE, então batizada de Comunidade Europeia, ajudou a estabilizar um continente acostumado aos conflitos.
Apesar das crises registradas durante seu crescimento, o bloco uniu os destinos de antigos inimigos. Virou o maior mercado comum e uma grande potência econômica mundial, onde a livre circulação de bens, pessoas, serviços e capitais está garantida.
Ao longo dos anos, o projeto se expandiu até englobar 27 Estados situados dos dois lados da antiga cortina de ferro, que separava os países ocidentais das nações do bloco comunista. O espaço tem grandes divergências econômicas, sociais e culturais. Dos 27 países da UE, 17 estabeleceram uma união monetária, a Eurozona.
Nenhum comentário:
Postar um comentário