O sucesso virtual do ex-fora da lei
Há 15 anos, o empresário Silvino Geremia denunciou em EXAME o absurdo de ser punido por bancar a educação dos funcionários. Agora, a discussão é revivida na internet
O empresário Silvino Geremia e seus empregados: o empresário financia 90% dos custos escolares
São Paulo - "Sou um fora da lei. Fui multado por pagar escola para os meus funcionários.” Em 25 de setembro de 1996, o empresário gaúcho Silvino Geremia denunciou a dificuldade legal que enfrentava num artigo publicado em EXAME.
Naquela época, ele financiava o ensino de seus empregados na Geremia, empresa de bombas para extração de petróleo, e foi multado pelo INSS porque os gastos com a educação eram considerados remuneração indireta pela lei.
Como tal, deveriam ser somados ao salário para efeito de cálculo da contribuição social devida à Previdência. “Essa tributação é um atentado”, dizia. “Vou continuar não recolhendo nem um centavo ao INSS, nem que seja multado mil vezes.”
A revolta do empresário sensibilizou muitos leitores e o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Em 1997 uma lei isentou os gastos em educação. Quinze anos depois, o caso volta à cena.
Uma corrente eletrônica contendo o antigo artigo em EXAME foi propagada nas últimas semanas, levando muita gente a acreditar tratar-se de um caso recente. O empresário passou a ser contatado diariamente.
Por telefone ou por e-mail, cidadãos de todo o país parabenizam-no por sua luta, incluindo o ex-presidente da Embraer Ozires Silva. Só no blog de sua empresa, são 1 000 comentários por dia, e o empresário passa boa parte do tempo explicando que o texto foi escrito em 1996.
Geremia, hoje com 66 anos, ainda vive em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, mas já não é dono da Geremia. Desde 2000, é sócio da fabricante de bombas Higra.
De lá para cá, uma coisa não mudou: ele continua apoiando a formação de seus funcionários. “Eu nunca desisti da educação”, diz. Atualmente, 13 dos 50 profissionais da Higra cursam graduação ou pós-graduação.
“Aqui só não estuda quem não quer”, diz. A empresa, que fatura 20 milhões de reais por ano, contribui com 90% do valor do curso e gasta em torno de 150 000 reais anuais com educação.
Naquela época, ele financiava o ensino de seus empregados na Geremia, empresa de bombas para extração de petróleo, e foi multado pelo INSS porque os gastos com a educação eram considerados remuneração indireta pela lei.
Como tal, deveriam ser somados ao salário para efeito de cálculo da contribuição social devida à Previdência. “Essa tributação é um atentado”, dizia. “Vou continuar não recolhendo nem um centavo ao INSS, nem que seja multado mil vezes.”
A revolta do empresário sensibilizou muitos leitores e o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso. Em 1997 uma lei isentou os gastos em educação. Quinze anos depois, o caso volta à cena.
Uma corrente eletrônica contendo o antigo artigo em EXAME foi propagada nas últimas semanas, levando muita gente a acreditar tratar-se de um caso recente. O empresário passou a ser contatado diariamente.
Por telefone ou por e-mail, cidadãos de todo o país parabenizam-no por sua luta, incluindo o ex-presidente da Embraer Ozires Silva. Só no blog de sua empresa, são 1 000 comentários por dia, e o empresário passa boa parte do tempo explicando que o texto foi escrito em 1996.
Geremia, hoje com 66 anos, ainda vive em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, mas já não é dono da Geremia. Desde 2000, é sócio da fabricante de bombas Higra.
De lá para cá, uma coisa não mudou: ele continua apoiando a formação de seus funcionários. “Eu nunca desisti da educação”, diz. Atualmente, 13 dos 50 profissionais da Higra cursam graduação ou pós-graduação.
“Aqui só não estuda quem não quer”, diz. A empresa, que fatura 20 milhões de reais por ano, contribui com 90% do valor do curso e gasta em torno de 150 000 reais anuais com educação.
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