Governo estuda reajuste de combustíveis
Defasagem de preços já atingiria 25%, mas ministro diz que nenhum aumento é bom
— A Petrobras está reivindicando elevação dos seus preços, até porque eles estão muito defasados. Eles não têm realizado aumentos regulares de preço, mas episódicos — disse o ministro.
Segundo Lobão, "é preciso examinar" o pedido da empresa, o que já está sendo feito pelo Ministério da Fazenda, pelo Conselho de Administração da Petrobras e pelo próprio Ministério de Minas e Energia. No entanto, Lobão fez questão de afirmar que "nenhum aumento de preço é bom". O tom do ministro reduz, mas não elimina, o risco de novos aumentos. Na semana passada, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Loyola, havia dito que não deveriam ocorrer reajustes de tarifas públicas até a eleição de outubro de 2014.
— Não estamos dizendo que vamos atender ao pedido da Petrobras, mas estamos avaliando — completou Lobão.
Na segunda-feira, 12, em entrevista no Rio de Janeiro, o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, disse que a empresa não desistiu de lutar por aumentos do preço dos combustíveis.
Segundo Barbassa, esse é um assunto sobre o qual a Petrobras está trabalhando intensamente, para buscar o alinhamento dos preços internacionais.
A defasagem de preços entre os combustíveis no Brasil e no Exterior tem provocado baixas nos preços das ações das Petrobras, uma das principais empresas com papéis negociados na bolsa de valores.
O último aumento autorizado pelo governo para os combustíveis, em janeiro, foi de 10,5% para o diesel e 6,6% para a gasolina. Segundo especialistas, a defasagem entre o preço no Brasil e os praticados no mercado internacional estaria na casa de 20% no segundo trimestre. Agora, já teria ultrapassado 25%.
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