Estudante cria dispositivo que permite carregar celular em até 20 segundos
Eesha Khare está entre os alunos reconhecidos no Prêmio Jovem Cientista da Intel Foundatio
A Intel premiou neste mês diversos estudantes do mundo todo por pesquisas que têm grande potencial. Uma delas foi a de Eesha Khare, de Saratoga, Califórnia. Ela recebeu o Prêmio Jovem Cientista da Intel Foundation no valor de US$ 50.000.
Com a rápida adoção dos eletrônicos portáteis, Eesha reconheceu a necessidade crucial por dispositivos com melhor capacidade de bateria. Ela desenvolveu um minúsculo dispositivo que se encaixa dentro da bateria dos telefones celulares, permitindo que elas sejam carregadas completamente entre 20 e 30 segundos. A invenção de Eesha também tem potencial para ser usada em baterias de carros.
O dispositivo é um supercapacitor, que pode acumular grandes quantidades de energia em um pequeno espaço, carregando-se rapidamente e mantendo a carga por muito tempo.
A "superbateria" suporta 10 mil ciclos de carga-recarga. Para se ter uma ideias, as comuns recarregáveis aguentam apenas 1.000 ciclos.
Outros premiados
Ionut Budisteanu, 19, da Romênia ficou com o primeiro lugar geral por usar inteligência artificial para criar um modelo de automóvel viável e baixo custo capaz se controlar autonomamente. Com um radar 3D e câmeras, Ionut criou um carro autonomamente controlado capaz de detectar as faixas de tráfego e curvas, juntamente com o posicionamento do carro em tempo real – e custaria apenas US$ 4.000. Ele recebeu o prêmio Gordon E. Moore no valor de US$ 75.000, batizado em homenagem ao cofundador e cientista da Intel.
Henry Lin, 17, de Shreveport, Louisiana, também recebeu o Prêmio Jovem Cientista. Ao simular milhares de aglomerados de galáxias, Henry deu aos cientistas novos dados valiosos, permitindo que eles compreendam melhor os mistérios da Astrofísica: matéria escura, energia escura e o equilíbrio entre aquecimento e resfriamento dos objetos de maior massa do universo.
Prêmios para o Brasil
A paulista Laura Rudella Tonidandel, de apenas 16 anos, conquistou uma bolsa de estudos no valor de US$ 48.000,00 (cerda de R$ 98.000,00) na New American University, que fica no estado do Arizona (US) com o seu projeto ‘Modificação da capacidade tronco das células mesenquimais humanas: a relação entre a positividade da Beta-Catenina com a proliferação e especialização celular’.
Outra estudante de São Paulo, Nayrob Pereira, conquistou dois prêmios com o seu estudo sobre uma nova função da neurotoxina TsTXK-beta (Ts8) no veneno do escorpião Tityus serrulatus. Nayrob voltou para o Brasil com o quarto lugar na categoria de Bioquímica e o primeiro lugar no prêmio especial oferecido pela Patent and Trademark Office Society.
Gabriel Galdino, estudante de Campo Grande (MS), também ganhou dois prêmios, o terceiro lugar na categoria Química e o segundo lugar no prêmio especial oferecido pela Patent and Trademark Office Society com o projeto ‘Síntese de sais surfactantes a partir do líquido da castanha de caju utilizados no combate à dengue’. No total Gabriel conquistou U$ 1.150,00 em prêmios.
Os três estudantes mineiros responsáveis pelo projeto ‘Potencial medicinal, crescimento em diferentes condições de radiação e caracterização botânica de Arrabidaea chica’, Cristopher Mateus Carvalho, Jaqueline Campos Costa e Júlia Maria Resende estão trazendo para o Brasil o terceiro lugar na categoria Botânica e U$ 1.000,00 cada um.
O estudante pernambucano Túlio Andrade Souza, ganhou um prêmio de U$ 1.000,00 e o terceiro lugar na categoria Ciências Sociais e Comportamentais com o projeto ‘Educação física escolar: soluções pedagógicas para as principais dificuldades encontradas pelos professores da educação básica’.
Na categoria Gestão Ambiental o Brasil conquistou dois prêmios. O paulista Salvador Alvarado, ganhou o terceiro lugar e U$ 1.000,00 com o projeto ‘Substituindo polímeros absorventes super em fraldas descartáveis com bagaço de cana’; e o quarto lugar foi conquistado pelas gaúchas Desireé de Boer Velho e Ágatha Lottermann Selbach que apresentaram o projeto ‘Utilização da Pseudomonas stutzeri na redução do teor de cloretos da água’.
“A dedicação destes jovens estudantes à Ciência é algo que nos inspira e serve de exemplo também em nossas atividades diárias. O apoio da Intel às feiras locais, como Febrace e Mostratec, faz parte de nosso esforço de estímulo à inovação e à educação”, explica Fernando Martins, presidente da Intel Brasil. “A diversidade dos projetos apresentados demonstra o amplo espectro de interesses e grande criatividade dos jovens cientistas brasileiros”, completa Martins.
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