Alta temperatura e maresia são inimigos dos aparelhos eletroeletrônicos
Smartphones, tablets e outros equipamentos podem ser danificados, o que exige cuidados
Em médio prazo, a maresia pode resultar na redução do
período de vida útil dos dispositivos Foto: Alvarélio
Kurossu / Agencia RBS
Marcelo Monteiro
Se você é tão viciado em eletroeletrônicos que não consegue se
desgrudar deles nem quando vai à praia, tome cuidado. Debaixo de sol escaldante,
em cima de areias finas e em frente à água salgada, smartphones, tablets,
e-readers, notebooks, netbooks, câmeras e outros aparelhos estão muito mais
sujeitos a problemas do que no sofá de sua sala, sob o aconchego do
ar-condicionado.
Para começar, mesmo que não haja nenhum acidente – como o
contato com a água salgada ou a queda na areia –, os gadgets na beira do mar já
estão expostos a dois inimigos implacáveis: a alta temperatura e a maresia.
Enquanto o calor pode gerar danos imediatos, como reinicializações aleatórias e
a queima da placa-mãe, no caso da maresia os efeitos costumam vir em médio
prazo, reduzindo a vida útil dos aparelhos.
Mas a situação ainda pode ficar muito pior. Caso haja contato
direto com a areia ou a água do mar, o melhor a fazer é retirar a bateria – em
gadgets mais modernos, nem sempre isso é possível – e levar o aparelho a um
técnico. Mesmo assim, a recuperação não é garantida:
– Uma queda na água é meio caminho andado para a perda do
aparelho – diz Raul Weber, professor de arquitetura de computadores e segurança
da UFRGS.
Embora não tão grave, o contato direto com a areia também pode
acabar em prejuízo. Por isso, é recomendável utilizar os equipamentos durante o
menor tempo possível na praia. Quando não estiverem sendo usados, os gadgets
devem ser mantidos em capas, estojos ou outros compartimentos que impeçam a
entrada da areia e o contato com a maresia.
– Se cair na areia, o ideal é pegar o aparelho com cuidado,
para evitar aranhões, e não assoprar. Se você assoprar, a areia vai entrar. E o
problema não é a areia, mas o sal que está na areia – ensina Farlei Heinen,
professor do curso de Engenharia da Computação da Unisinos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário