Ensino médio precisa ser reorganizado para estimular alunos, afirma professor
Para Remi Castioni, professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB), é necessário redefinir a função do ensino médio e sua ligação com o ingresso nas universidades
Agência Brasil
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), desde 2009, serve como porta de entrada para universidades federais, graças à adoção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que unifica vestibulares de várias instituições na prova que, anteriormente, servia de avaliação aos estudantes do ensino médio. Tal unificação de processos seletivos para o ingresso em instituições de ensino superior já pode ser comparada às provas adotadas por países desenvolvidos, como o S.A.T., nos Estados Unidos, ou vestibulares unificados de países europeus, como a França e a Alemanha.
Apesar de equiparar a prova nacional a modelos estrangeiros consolidados, o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Remi Castioni afirma que, para que o Brasil apresente os mesmos resultados educacionais das grandes economias, é preciso repensar a estrutura oferecida no ensino médio.
“Precisamos definir de fato qual o papel do ensino médio e a ligação com o ingresso na universidade. É impossível o formato que o ensino médio assumiu, com 23 componentes curriculares. Por isso, ele é hoje pouco atraente e uma espécie de passagem forçada para chegar à universidade. Acabou sendo um mal necessário”, avaliou.
Para o docente, os jovens sentem desconforto em saber que muito do conteúdo cobrado durante o ensino médio não terá relação alguma com as habilidades que pretendem desenvolver na universidade.
“Temos que reorganizar nosso ensino médio, sem prejudicar a formação dos jovens, mas também não desestimular seu desempenho nessa etapa. O aluno poderia ter a carga de disciplinas tradicionais, mas poderia escolher outras formações que diriam respeito mais a opções individuais e (ajudariam a) direcionar para o ensino superior”, defendeu Castioni.
O professor da UnB defende as novas atribuições que o Enem ganhou a partir de 2009, mas afirma ser necessária a existência de um exame que avalie o nível educacional das instituições de ensino médio no Brasil, tal qual era feito com o Enem, no início.
O crescimento do Enem pode ser medido pelo número de inscrições, que passou de cerca de 100 mil, em 2008, para cerca de 6 milhões, este ano.
“Tem um leque de opções que deu visibilidade ao exame e um contingente de pessoas que voltaram a estudar porque viram nova oportunidade. Essa magnitude precisa ser encarada e precisamos definir qual é o papel do Enem. Talvez pudéssemos ter uma conformação com um exame para avaliação do ensino médio e outro que agregasse a possibilidade de ingresso no ensino superior”, defendeu o professor.
Segundo ele, este é um momento crucial de debates sobre o papel do ensino médio. “Se tivermos um exame mais calibrado capaz de traduzir informações que possam alimentar o sistema educacional, prestaríamos um grande serviço às secretarias de Educação.”
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), desde 2009, serve como porta de entrada para universidades federais, graças à adoção do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que unifica vestibulares de várias instituições na prova que, anteriormente, servia de avaliação aos estudantes do ensino médio. Tal unificação de processos seletivos para o ingresso em instituições de ensino superior já pode ser comparada às provas adotadas por países desenvolvidos, como o S.A.T., nos Estados Unidos, ou vestibulares unificados de países europeus, como a França e a Alemanha.
Apesar de equiparar a prova nacional a modelos estrangeiros consolidados, o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Remi Castioni afirma que, para que o Brasil apresente os mesmos resultados educacionais das grandes economias, é preciso repensar a estrutura oferecida no ensino médio.
“Precisamos definir de fato qual o papel do ensino médio e a ligação com o ingresso na universidade. É impossível o formato que o ensino médio assumiu, com 23 componentes curriculares. Por isso, ele é hoje pouco atraente e uma espécie de passagem forçada para chegar à universidade. Acabou sendo um mal necessário”, avaliou.
Para o docente, os jovens sentem desconforto em saber que muito do conteúdo cobrado durante o ensino médio não terá relação alguma com as habilidades que pretendem desenvolver na universidade.
“Temos que reorganizar nosso ensino médio, sem prejudicar a formação dos jovens, mas também não desestimular seu desempenho nessa etapa. O aluno poderia ter a carga de disciplinas tradicionais, mas poderia escolher outras formações que diriam respeito mais a opções individuais e (ajudariam a) direcionar para o ensino superior”, defendeu Castioni.
O professor da UnB defende as novas atribuições que o Enem ganhou a partir de 2009, mas afirma ser necessária a existência de um exame que avalie o nível educacional das instituições de ensino médio no Brasil, tal qual era feito com o Enem, no início.
O crescimento do Enem pode ser medido pelo número de inscrições, que passou de cerca de 100 mil, em 2008, para cerca de 6 milhões, este ano.
“Tem um leque de opções que deu visibilidade ao exame e um contingente de pessoas que voltaram a estudar porque viram nova oportunidade. Essa magnitude precisa ser encarada e precisamos definir qual é o papel do Enem. Talvez pudéssemos ter uma conformação com um exame para avaliação do ensino médio e outro que agregasse a possibilidade de ingresso no ensino superior”, defendeu o professor.
Segundo ele, este é um momento crucial de debates sobre o papel do ensino médio. “Se tivermos um exame mais calibrado capaz de traduzir informações que possam alimentar o sistema educacional, prestaríamos um grande serviço às secretarias de Educação.”
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