Chocolate e cafeína podem desencadear enxaqueca; tire dúvidas
Qualquer pessoa pode desenvolver enxaqueca; estimativas indicam que o problema é mais comum entre as mulheres
Foto: Getty Images
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Se você tem dores de cabeça e logo fala que sofre de enxaqueca, saiba que nem todo incômodo recebe essa classificação. A enxaqueca, em particular, apresenta ao menos cinco crises dolorosas. Alguns alimentos costumam desencadear crises, como o chocolate e a cafeína. Quer saber mais sobre a doença, como sintomas, causas e detalhes do tratamento? Então, confira abaixo oito explicações do neurologista Álvaro Pentagna, do Hospital São Luiz, de São Paulo:
1 - O que é
Enxaqueca é um tipo de cefaleia (dor de cabeça) primária, ou seja, uma dor de cabeça sem lesão craniana que a justifique. É uma doença crônica que requer tratamento adequado.
2 - Sintomas
Não existem "simples dores de cabeça". Todas têm uma classificação específica. A enxaqueca, em particular, apresenta ao menos cinco crises dolorosas (com duração de quatro a 72 horas). É comumente pulsátil, unilateral, de intensidade moderada à forte. Piora com atividade física rotineira (como subir escada) e vem acompanhada por náusea e, eventualmente, vômitos. Luz e barulho incomodam bastante durante as crises. Além disso, podem ocorrer auras enxaquecosas, que são fenômenos visuais de luzes ou pontos cegos, formigamentos pelo corpo, sons ou odores sentidos antes ou no início do evento.
3 - Diagnóstico
Para o diagnóstico, as características acima são analisadas pelo médico, que também deve estar seguro que não haja uma causa lesional para a dor (cefaleia secundária).
4 - Gatilhos
Os pacientes geralmente conhecem os hábitos que costumam desencadear crises. Os gatilhos mais mencionados são estresse, privação ou períodos prolongados de sono, menstruação, chocolate, cafeína, álcool (principalmente vinho tinto), alimentos ácidos, alguns perfumes ou odores. É importante lembrar que esses itens não são fatores que levam alguém a desenvolver enxaqueca, mas só facilitadores de crise em portadores.
5 - Mulheres
Estima-se que haja uma prevalência da patologia em aproximadamente 18% das mulheres e 6% dos homens. A principal época de início das crises é entre a segunda e terceira décadas de vida.
6 - Causas
São várias as teorias sobre as suas causas, mas ainda não se sabe com certeza todos os mecanismos envolvidos. Quanto à causa genética, desde o século XVII, existem descrições sobre um padrão familiar da dor, porém isso não pode ser aplicado a todos os pacientes. Há um tipo específico de enxaqueca, a hemiplégica familiar, que está relacionada a um cromossomo específico em 50% dos casos.
7 - Predisposição
Qualquer pessoa pode desenvolver o problema. Basta ter predisposição genética e alterações vasculares e nervosas que a medicina ainda não sabe especificar tão bem;
8 - Tratamento
O tratamento é baseado em evitar os comportamentos acima e em medicamentos. O paciente deve tomar diariamente o remédio preventivo para que não ocorra a crise dolorosa ou para que seja menos intensa, duradoura e frequente. O abortivo da dor é um medicamento usado assim que se percebe a vinda da dor e sua função é reduzir a intensidade e duração da crise. Exercícios de relaxamento ou terapia cognitivo-comportamental são medidas terapêuticas de grande ajuda.
1 - O que é
Enxaqueca é um tipo de cefaleia (dor de cabeça) primária, ou seja, uma dor de cabeça sem lesão craniana que a justifique. É uma doença crônica que requer tratamento adequado.
2 - Sintomas
Não existem "simples dores de cabeça". Todas têm uma classificação específica. A enxaqueca, em particular, apresenta ao menos cinco crises dolorosas (com duração de quatro a 72 horas). É comumente pulsátil, unilateral, de intensidade moderada à forte. Piora com atividade física rotineira (como subir escada) e vem acompanhada por náusea e, eventualmente, vômitos. Luz e barulho incomodam bastante durante as crises. Além disso, podem ocorrer auras enxaquecosas, que são fenômenos visuais de luzes ou pontos cegos, formigamentos pelo corpo, sons ou odores sentidos antes ou no início do evento.
3 - Diagnóstico
Para o diagnóstico, as características acima são analisadas pelo médico, que também deve estar seguro que não haja uma causa lesional para a dor (cefaleia secundária).
4 - Gatilhos
Os pacientes geralmente conhecem os hábitos que costumam desencadear crises. Os gatilhos mais mencionados são estresse, privação ou períodos prolongados de sono, menstruação, chocolate, cafeína, álcool (principalmente vinho tinto), alimentos ácidos, alguns perfumes ou odores. É importante lembrar que esses itens não são fatores que levam alguém a desenvolver enxaqueca, mas só facilitadores de crise em portadores.
5 - Mulheres
Estima-se que haja uma prevalência da patologia em aproximadamente 18% das mulheres e 6% dos homens. A principal época de início das crises é entre a segunda e terceira décadas de vida.
6 - Causas
São várias as teorias sobre as suas causas, mas ainda não se sabe com certeza todos os mecanismos envolvidos. Quanto à causa genética, desde o século XVII, existem descrições sobre um padrão familiar da dor, porém isso não pode ser aplicado a todos os pacientes. Há um tipo específico de enxaqueca, a hemiplégica familiar, que está relacionada a um cromossomo específico em 50% dos casos.
7 - Predisposição
Qualquer pessoa pode desenvolver o problema. Basta ter predisposição genética e alterações vasculares e nervosas que a medicina ainda não sabe especificar tão bem;
8 - Tratamento
O tratamento é baseado em evitar os comportamentos acima e em medicamentos. O paciente deve tomar diariamente o remédio preventivo para que não ocorra a crise dolorosa ou para que seja menos intensa, duradoura e frequente. O abortivo da dor é um medicamento usado assim que se percebe a vinda da dor e sua função é reduzir a intensidade e duração da crise. Exercícios de relaxamento ou terapia cognitivo-comportamental são medidas terapêuticas de grande ajuda.
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