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O arquiteto Oscar Niemeyer morreu às 21h55 desta quarta-feira, 5 de dezembro, no Rio de Janeiro aos 104 anos. Com a saúde debilitada, ele estava internado no Hospital Samaritano desde o começo de novembro devido a uma infecção renal. Inicialmente vítima de desidratação, ele também teve problemas nos rins e era submetido a hemodiálise, além de fisioterapia respiratória. Pela manhã, Niemeyer sofreu uma parada cardíaca e sua respiração passou a ser mantida por aparelhos em decorrência de uma infecção respiratória. Somente neste ano, o arquiteto foi internado ao menos três vezes.
Reconhecido mundialmente como um expoente da arquitetura moderna, Niemeyer era o mais famoso arquiteto brasileiro e deixou um legado de grandes obras espalhadas pelo país e em cidades dos EUA, Europa e África.
Na década de 50, foi convidado pelo então presidente da República, Juscelino Kubitschek, para projetar a nova capital do Brasil e foi encarregado de organizar o concurso para escolha do plano-piloto de Brasília. A capital federal coleciona hoje as principais obras-primas do arquiteto.
Outras obras marcaram sua carreira, como o projeto do edifício Copan, cartão-postal de São Paulo, e o complexo da Pampulha, em Minas Gerais.
Homem de vida pública, Niemeyer sempre apoiou a política esquerdista e mantinha amizade com líderes socialistas, como o cubano Fidel Castro.
Mesmo com a idade avançada, o arquiteto manteve sua rotina de trabalho até 2009, quando ia diariamente ao seu escritório em Copacabana, na capital fluminense.
Niemeyer foi casado duas vezes e teve apenas uma filha, já falecida. O arquiteto deixa mulher, cinco netos, treze bisnetos e quatro trinetos. Ele completaria 105 anos no próximo dia 15 de dezembro.
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