O papa Francisco e o garoto de amarelo: mais uma para o marketing da quebra de protocolo
Menino subiu no altar e ficou ao lado do pontífice durante missa
Em sua passagem pelo Brasil, o papa deu várias mostras dessa nova postura do cargo que ocupa. Agora foi lá mesmo no Vaticano, durante uma missa em celebração ao Dia da Família, que ele, com a ajuda de um pequeno garoto, protagonizou mais uma de suas subversões protocolares.
No último domingo (27), enquanto celebrava a missa, o papa foi surpreendido por um menino que não se intimidou com a segurança, se dirigiu até o pontífice e ficou ao seu lado até o fim da celebração. O garoto, que não foi identificado, chegou até a sentar na cadeira do papa, que tratou tudo com a maior naturalidade, obviamente. Ele assistia à missa junto a outras crianças, bem à frente do papa.
O caso repercutiu na imprensa europeia e agora começa a correr o mundo graças à internet. O “garoto de amarelo”, como tem sido chamado, fez sucesso e tirou do protocolo até mesmo autoridades que assistiam à missa em cima do altar. Algumas pararam para fotografar o encontro inusitado.
São o papa Francisco e o Vaticano, no entanto, que mais ganham com essa mídia espontânea positiva que a atitude do menino gerou. Pode ter sido tudo armação (teorias da conspiração existem para isso). Mas quase ninguém vai acreditar. E a versão que vai ganhar o mundo e conquistar fiéis é a do pontífice boa praça, que não se incomoda com besteiras e faz sucesso entre as crianças (o menino abraçou, segurou na mão e não quis deixar ninguém se aproximar do papa).
Estrategicamente pensada ou não, essa postura tem garantido ao sumo pontífice e, por consequência, à Igreja Católica, muitos dividendos. A instituição se reaproximou da juventude, tem se demonstrado mais aberta ao diálogo e ensaia, embora de forma ainda tímida, um processo de modernização. Sim, isso é marketing. Sim, isso é Administração.
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