terça-feira, 16 de abril de 2013

Levantamento aponta erros absurdos dos alunos no Enade 2012

Levantamento aponta erros absurdos dos alunos no Enade 2012

Erros toscos de ortografia, coesão e coerência foram comuns no exame que avalia a qualidade do ensino superior, revela levantamento d'O Globo

 
Recentemente, as pérolas do Enem ganharam destaque nas redes sociais - sobretudo aquelas que revelaram o despreparo dos avaliadores, ao trazer receitas de miojo e hinos de clubes. Mas não são apenas os estudantes secundaristas que cometem barbaridades com o idioma: formandos dos cursos superiores avaliados pelo Enade 2012 escreveram palavras como, "egnorancia" e "precarea". Além disso, há frases e construções sem sentido algum.
As informações foram apuradas por uma reportagem d'O Globo, que teve acesso ao material através de uma corretora de redações do Enade - cujo nome não foi revelado. Ela avaliou redações de estudantes de cursos como Administração, Comunicação Social, Relações Internacionais, Direito e Psicologia. De acordo com o portal, os erros mais comuns eram referentes à estrutura de frases, imprecisão vocabular e fragmentação de sentido.

Os erros são tão graves que não poderiam ser reparados nem mesmo após os ajustes de regência, concordância, pontuação e escrita. A prova pedia que os alunos escrevessem uma redação sobre a violência abordando três eixos: tecnologia e violência; causas e consequências da violência na escola; e uma proposta de solução para a violência na escola. Em algumas redações o resultado foi assustador.

“A violencia e causada muitas vezes pela falta de cultura e pela egnorancia dos seres humanos, cuja a tecnologia sao duas grandes preocupação para a sociedade, causando violencia nas escolas (sic)”, escreveu um estudante. Outras "pérolas" podem ser acessadas no portal O Globo.

A corretora do MEC disparou que as faculdades estão formando nada menos do que analfabetos funcionais. Ela revelou que os critérios de correção são flexíveis para manter a média do exame, mas isso não reflete uma melhora no ensino superior. E isso se reflete no mercado de trabalho, com a formação completamente inadequada de profissionais incapazes.

Segundo especialistas consultados pelo portal, o problema não está na educação superior, e sim na educação de base, onde reside o ensino do sistema linguístico e das normas gramaticais.

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